Pandemia do coronavírus pega setor de construção no contrapé
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Bom não é difícil associar o crescimento na construção civil com a economia em alta, os dois estão diretamente ligados, desde 2013 que a área da construção vem sofrendo com grande recessão, após anos difíceis o segmento estava em plena retomada, porém a Pandemia do coronavírus pega setor de construção no contrapé.
Após cinco anos de prejuízos e recessão, os juros baixos históricos eram uma esperança para retomada do setor neste ano, o Brasil em si respirava um pouco aliviado e voltava a crescer e a ganhar força, porém o mundo foi pego de surpresa por uma pandemia altamente contagiosa que está destruindo a economia não só local, mas mundial o futuro é incerto e instável, as empresas estão tendo de paralisar lançamentos e podem precisar suspender as obras em andamento o que não é nada bom para o setor.
Uma empresa famosa da construção a Tecnisa serve como exemplo, a anos a mesma não conseguia ingressar em uma obra grande e estava tendo grandes dificuldades de se manter, porém no início de 2020 o cenário mudou e muitas obras e construções estavam previstas seria a sua retomada, forma de ganhar força no mercado e fortalecer o seu capital, porém com o novo cenário essa realidade pode ser adiada, outro ponto importante é que não foram só as obras que pararam as lojas físicas também fecharam é o prejuízo é inevitável, empresas como Helbor e Eztec também estão na mesma situação e todas têm ações na bolsa.
Um ponto importante para se ter em mente é que por mais que as obras não tinham se iniciado fazer um projeto, a compra de um terreno e o seu estudo geológico tem custo de investimento alto é o ruim que esse investimento vai ficar parado sem ter certezas futuras, outro detalhe é que com a pandemia os governos estão demorando para aprovar projetos e dando prioridade a outras áreas. Nesse cenário as ações da Eztec registram queda de 42,19%. As ações da Tecnisa caíram 63,97% no mesmo período e os da Helbor, 68% o que é muito preocupante e pelo menos até o final do ano não existe presunção de melhorar, o setor vai ter de esperar mais um tempo para tentar se reerguer, pois os juros baixos se tornaram irrelevantes no cenário que se instalou, não vale a pena tentar investir no ramo. De acordo com analistas da corretora Guide “O cenário virou de ponta cabeça, e os juros baixos deixaram de ser um diferencial para o mercado” e o que poderia ser o ano da virada para construção civil se tornou uma grande preocupação.
Para construtoras mais capitalizadas provavelmente o impacto vai ser mais ameno principalmente as com menor pipeline de lançamentos. A MRV, por exemplo, que atua em camadas mais populares, é bem provável que a construtora sofra menos com a pandemia. De acordo com Esteter. “Caso o cenário piore, ela é candidata a ser beneficiada em uma intervenção do governo para socorrer a economia”.
O setor de construção não recebeu ordem para paralisar por completo as obras, apenas deve seguir recomendações de higiene e segurança, e o atendimento presencial nos estandes devem ser paralisado. O presidente do Sindicato de Habitação de São Paulo Basílio Jafet diz que. “A maioria das empresas do setor atua com empreiteiros. Os trabalhadores ganham por conclusão de etapas da obra” uma paralisação total geraria milhões de desempregados e muitos sem nenhum direito o que teria grande impacto na economia, sendo assim a Pandemia do coronavírus pega setor de construção no contrapé.